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Profissionais da educação recebem os menores salários entre os graduados, revela pesquisa

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Uma pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE-FGV), com base nos dados da Pnad Contínua do IBGE, revelou que os trabalhadores da área da educação, mesmo possuindo diplomas de Ensino Superior, estão entre os que recebem os salários mais baixos no Brasil. No levantamento, os professores da Pré-Escola registram o menor rendimento, com uma média de R$ 2,2 mil por mês.

A lista segue em ordem crescente, incluindo outros profissionais de ensino (R$ 2,5 mil), profissionais de artes (R$ 2,6 mil), físicos e astrônomos (R$ 3 mil), assistentes sociais (R$ 3,07 mil), bibliotecários, documentaristas e áreas correlatas (R$ 3,1 mil), educadores para necessidades especiais (R$ 3,3 mil), profissionais de relações públicas (R$ 3,4 mil), fonoaudiólogos e logopedistas (R$ 3,48 mil), professores do Ensino Fundamental (R$ 3,55 mil) e professores de música (R$ 3,57 mil).

No outro extremo, a pesquisa apontou as profissões mais bem remuneradas no segundo trimestre de 2023. Liderando a lista estão os médicos especialistas, com uma média de R$ 18.475, seguidos de matemáticos, atuários e estatísticos (R$ 16.568), médicos generalistas (R$ 11.022), geólogos e geofísicos (R$ 10.011), e engenheiros mecânicos (R$ 9.881).

Apesar dos salários mais elevados, essas áreas também apresentaram uma queda no rendimento médio real ao longo da última década. Em contrapartida, observou-se um crescimento na valorização salarial das ocupações voltadas para a tecnologia, como desenvolvedores de páginas de Internet e multimídia (91%), desenvolvedores de programas e aplicativos (39%) e desenhistas e administradores de bases de dados (30%).

O sindicato dos professores estaduais (Cpers) destacou que o cenário evidencia um desvalorização do trabalho exercido por educadores, tanto em instituições públicas quanto privadas. Em resposta, protocolou uma emenda ao orçamento estadual de 2024, pleiteando um reajuste salarial de 20,05% para todos os profissionais da educação. A valorização da categoria é vista como essencial para garantir dignidade e acesso a direitos fundamentais, como saúde, segurança alimentar, cultura e formação intelectual.

A pesquisa ainda apontou que pessoas com graduação completa têm uma média salarial 2,5 vezes maior em relação àqueles com Ensino Médio incompleto, e o risco de desemprego diminui com o aumento da escolaridade. Com Ensino Superior completo, apenas 3,8% das pessoas estão desempregadas, em comparação com 9,2% com Ensino Médio completo e 13,6% sem completar essa etapa. Dos 98,8 milhões de ocupados no segundo trimestre de 2023, cerca de 76 milhões (77%) não tinham Ensino Superior, demonstrando que as ocupações com melhores oportunidades salariais ainda estão fora do alcance da maioria dos brasileiros.

Fonte: Correio do Povo

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