As atualizações desta segunda-feira (24) revelam a dimensão crescente dos danos deixados pelo granizo em Erechim. De acordo com a prefeitura, 113 pessoas ficaram feridas, uma delas segue na UTI em estado estável. No total, 4.918 famílias e 17.877 moradores foram impactados, e 31 famílias estão em abrigos provisórios distribuídos pela Assistência Social.
Um dos pontos mais críticos agora é a falta total de materiais para reconstrução. Segundo o prefeito Paulo Polis, não há mais telhas de cimento na cidade, e todos os estoques do comércio local estão esgotados. A principal necessidade é a doação de telhas do tipo Brasilit.
A rede pública de ensino segue totalmente paralisada: 35 escolas — 15 municipais e 20 estaduais — foram danificadas, e todas as aulas estão suspensas sem previsão de retorno. Na saúde, 12 UBSs, três CAPSs, três CRASs e o prédio da Secretaria Municipal da Saúde registraram danos. O pronto-socorro funciona, mas cirurgias eletivas permanecem canceladas.
A prefeitura decretou estado de emergência e calamidade pública, e analisa um pedido de apoio externo por meio de uma campanha SOS Erechim. O governo do Estado enviou reforço da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, drones e caminhões de apoio. A RGE trabalha com 25 equipes deslocadas de outras cidades, mas ainda há 326 clientes sem energia.
A distribuição de lonas continua concentrada na sede do GRAU, no bairro Três Vendas, onde moradores formam filas desde cedo em busca de proteção provisória.
*Agora no Vale






