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Polícia confirma identidade de mulher que foi assassinada e teve partes do corpo espalhadas por Porto Alegre

Foto: Reprodução
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A Polícia Civil confirmou, nesta segunda-feira (8), a identidade da mulher que foi assassinada e teve partes do corpo espalhadas por Porto Alegre – caso que começou a ser investigado quando o torso da vítima foi encontrado dentro de uma mala em um guarda-volumes da rodoviária da capital.

A confirmação da identidade foi possível por meio de DNA. O nome dela é Brasília Costa, de 65 anos.

Conforme a Polícia Civil, ela era natural de Arroio Grande, na Região Sul do estado, residia na Zona Norte de Porto Alegre e trabalhava como manicure em salões de beleza.

suspeito preso preventivamente pelo crime é o publicitário Ricardo Jardim que, em 2018, havia sido condenado a 28 anos por matar e concretar a mãe. Até a mais recente atualização desta reportagem, ele não havia constituído defesa, segundo a Polícia Civil.

“Essa mulher é gaúcha, tinha um relacionamento com ele. Está muito claro que ele tinha intenção de tirar dinheiro dessa mulher”, afirma o delegado.

Celular da vítima e conversas

O suspeito estava com o celular da vítima e teria se passado pela mulher em mensagens para familiares após o crime. O conteúdo do aparelho e de outros dispositivos apreendidos será analisado pelos peritos.

A principal linha de investigação aponta que, como o homem estaria enviando mensagens pelo celular da vítima, nenhum amigo ou familiar teria suspeitado de que algo estava errado e, assim, não houve registro de desaparecimento.

Linha do tempo
  • 15/01/2024: Justiça autoriza progressão ao semiaberto e liberação com monitoramento diante da falta de vaga, com apresentação obrigatória em 48h
  • 16/01/2024: Ricardo é liberado da prisão
  • 19/01/2024: Ricardo se apresenta ao Instituto Penal de Monitoramento Eletrônico, que não tem tornozeleiras disponíveis
  • 28/02/2024: Acontece uma tentativa de agendamento da instalação da tornozeleira, mas não atendeu as ligações
  • 06/04/2024: Feito o registro de Não Apresentação, passando para a condição de foragido
  • 22/04/2024: Ministério Público solicita a expedição de mandado de prisão
  • 06/02/2025: Juízo regride cautelarmente o regime para o fechado e expede mandado de prisão
O que a polícia já estabeleceu sobre a dinâmica
  • Depósito da mala: câmeras mostram um homem deixando a mala no dia 20 de agosto no guarda-volumes da rodoviária. O volume ficou no local por cerca de 12 dias, até ser aberto pela equipe do setor devido ao odor;
  • Planejamento e ocultação: o autor removeu as pontas dos dedos dos membros para dificultar a identificação e deixou a cabeça por último, estratégia que, segundo a polícia, visava retardar o reconhecimento da vítima;
  • Relacionamento e possível motivação: segundo a investigação, o suspeito mantinha relacionamento com a vítima e tentou usar os cartões dela. Comprovantes de transações entre ambos foram encontrados. A motivação financeira é apurada;
  • Apreensões: com o suspeito, os policiais apreenderam celulares e notebook material será periciado após pedidos judiciais de acesso aos dados;
  • Classificação do crime: a Polícia Civil trata o caso, neste momento, como feminicídio. Laudos complementares devem apontar a causa da morte quando houver reunião de todas as partes do corpo.
Próximos passos da investigação

A cabeça da vítima ainda não foi localizada. Essa etapa é para permitir a identificação completa do corpo e contribuir para a definição precisa da causa da morte.

Além disso, os investigadores devem realizar perícia no celular da vítima e nos demais dispositivos eletrônicos apreendidos. O objetivo é confirmar se as mensagens enviadas em nome da vítima foram realmente redigidas por ela, além de rastrear possíveis movimentações financeiras e digitais que possam esclarecer o contexto do crime.

G1RS

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