Na manhã de ontem, 07 de agosto, na Sala de Reuniões da Secretaria de Educação de Alto Alegre, aconteceu o 2º Simpósio do Leite, realizado pela Cotriel e Agrifirm, com a organização do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Grupo de Produtores Rurais e Emater de Alto Alegre, e apoio da Sicredi Espumoso/RS/MG. O evento foi considerado um sucesso, reunindo mais de 150 produtores, jovens, estudantes e associados de toda a região.
Na abertura, Marcolan Prates, assessor de marketing e inovação da Cotriel destacou a união de esforços que viabilizou o evento e a participação dos produtores de leite em busca de absorver mais conhecimento.
Deonir Cechelle, presidente da Sicredi Espumoso RS/MG frisou que o produtor de leite tem procurado inovar fim de sobreviver na atividade, ressaltando ainda a busca de respaldo do setor diante das autoridades federais e estaduais vistos os problemas ocasionados pelas enchentes.
Henrique Loro, da Emater, ao se manifestar em nome dos demais organizadores, lembrou que o evento teve como intuito valorizar a atividade leiteira que é destaque em Alto Alegre e na região.
O prefeito de Alto Alegre, Avelino Salvadori, lembrou que o leite é a segunda atividade que mais gera receita para o município e o simpósio vem agregar mais conhecimento aos produtores.
Palestras foram muito bem aceitas pelos presentes
Na primeira explanação da manhã, o Médico Veterinário e Consultor, Diego Corazza frisou acerca do assunto criação de terneiras, do nascimento à desmama. Sobre a criação de terneiras, disse que é fundamental ter em mente dados precisos como o peso e que em 60 dias é necessário dobrar este peso, aos 13 meses deva estar com 50% do peso adulto, sendo que é importante pesar os animais após a terceira lactação a fim de definir o peso ideal para elevar a reprodução, com valores entre 380 e 450 quilos, e o animal parindo com peso entre 650 e 680 quilos. Chamou a atenção quanto a itens como a colostragem no qual a primeira imunidade que o animal vai receber será via colostro, conforto no trato e nas instalações e a manutenção de rotina, que é importante para manter a produção.
Na sequencia, o Extensionista Rural da Emater/RS Ascar Diego dos Santos abordou o tema “Período de transição, ponto chave para a produtividade do rebanho”. Vindo de três anos de estiagens intensas e três enchentes em menos de um ano, está ocorrendo uma dificuldade na manutenção de pastagens para os animais terem base alimentar para a produção de leite. Destacou que uma pesquisa da Emater apontou uma redução significativa no número de produtores de leite no Estado, passando de 85 mil em 2015 para apenas 33 mil em 2023, sendo que o volume de produção se manteve, uma vez que os que permaneceram passaram a se profissionalizar mais no negócio. Encerrou mostrando alguns casos de produtores que passaram a fazer o pré-parto nos seus animais e aumentaram suas médias de 20 para 34 litros de leite média dia, melhorando produtividade e lucratividade.
O último assunto da manhã foi com o Especialista em Bovinocultura Leiteira e Consultor Independente, Fábio Guilhermano que abordou Sistemas de produção e suas diferenças buscando conforto animal. Ele falou principalmente dos sistemas compost barn no qual as vacas são mantidas em camas individuais com contenções metálicas e do compost barn, onde as vacas são mantidas em um espaço amplo e aberto ou seja, tem uma cama coletiva e escolhem onde e como deitam. Chamou a atenção que o sistema ideal depende da análise de qual estágio a propriedade está e em qual quer chegar, sendo necessário um diagnóstico a fim de conhecer os fatores nessa propriedade no sentido de qual sistema adotar, sendo que os resultados irão depender se os sistemas forem implantados de forma correta.
Com informações site da Cotriel