Os investigadores suspeitam que a espionagem ilegal envolvia autoridades da oposição, jornalistas e políticos, além de fiscalizar o andamento de investigações de aliados. A ideia da organização criminosa, de acordo a polícia, seria ter ganhos políticos com o monitoramento.
Segundo a PF, a operação desta segunda teve como objetivo investigar a suposta organização criminosa que se instalou na Abin e avançar no núcleo político e identificar os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin, por meio de ações clandestinas.
Nessas ações eram utilizadas técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem, contudo, qualquer controle judicial ou do Ministério Público. Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em Angra dos Reis e Rio de Janeiro, ambas no estado fluminense, Brasília, no Distrito Federal, Formosa, em Goiás, e Salvador, na Bahia.
Segundo o jornal O Globo, além de Carlos, outras três pessoas foram alvos da operação que apura indícios de um esquema de espionagem ilegal no órgão de inteligência durante o governo de Bolsonaro, sob a gestão do então diretor Alexandre Ramagem (PL-RJ), hoje deputado federal. Carlos é suspeito de ser um dos destinatários das informações levantadas de forma clandestina. Ainda segundo o jornal, o computador e celular do vereador foram apreendidos.
Exame