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Alta no dólar vai pressionar inflação e aumento na taxa de juros, avalia economista

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Odonto

O dólar ultrapassou, pela primeira vez na história, a marca dos R$6,00 na semana passada e, na segunda-feira (02), chegou a R$6,11, caindo para R$6,06 no final do dia, um novo recorde. Esse aumento preocupa a economia brasileira porque o dólar influencia o preço não só de importações de produtos prontos, como roupas e eletrônicos, mas também de insumos que são importados para a fabricação posterior no Brasil. Ao mesmo tempo, a inflação acumulada em 12 meses, no momento, está em 4,71%.

Sobre o que a alta da moeda americana poderá representar, na prática, no dia a dia das pessoas, a Uirapuru conversou com a economista e doutora em economia Cleide Moretto. Segundo ela, a alta da moeda é um reflexo da falta de confiança do mercado nas ações políticas e econômicas do Governo Federal. Os investidores retiram a moeda americana do Brasil quando estão temerosos, e isso eleva o valor do dólar no país.

Ela disse que o setor econômico esperava que o pacto de cortes do Governo previsse redução de gastos no setor público, mas o que ocorreu foi o anúncio de renúncias fiscais, trazendo incerteza para os investidores. Cada vez que o dólar sobe, o reflexo direto é que comprar produtos do Brasil fica mais favorável para os outros países, enquanto as importações pelos brasileiros ficam mais caras.

Na prática, a inflação, hoje em 4,71%, será pressionada a subir com a elevação do dólar. Toda vez que há pressão inflacionária, o remédio é o aumento da taxa de juros, o que provavelmente ocorrerá no início de 2025.

*Rádio Uirapuru

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