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Bebê entra em coma após receber dose 10 vezes superior de medicamento em hospital no RS

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Um bebê de um ano está em coma após ter recebido uma dose de metadona dez vezes superior à prescrita pela equipe médica em um hospital de Porto Alegre. O caso ocorreu no início de maio e está sob investigação interna, além de ter sido registrado na Polícia Civil pela família.

Segundo relato dos familiares, a criança estava internada para a realização de duas cirurgias relacionadas a problemas no sistema digestivo. Dois dias após os procedimentos, foi prescrita a administração de metadona — medicamento utilizado para alívio da dor e sedação — na dose de 0,1 mg a cada seis horas. Entretanto, ainda no mesmo dia, a dose foi elevada para 0,8 mg.

Na noite de 7 de maio, por volta das 23h15, a mãe percebeu que o bebê estava “roxo” e sem respirar. A criança sofreu uma parada cardiorrespiratória e ficou cerca de oito minutos até ser reanimada, sendo imediatamente entubada.

No dia seguinte, a equipe médica constatou que o bebê havia recebido uma dosagem dez vezes superior à prescrita inicialmente. Desde então, a criança permanece em estado crítico, em coma. Conforme o prontuário médico, a metadona é citada como a provável causa da parada cardiorrespiratória, mencionada em diversas evoluções clínicas e neurológicas.

A família levou o caso à ouvidoria da instituição. Segundo relatos, em reunião com os familiares, a equipe médica admitiu que houve prejuízo na função cerebral do bebê em decorrência da administração inadequada do medicamento.

Em nota, o hospital confirmou que houve um “evento grave” relacionado à administração de medicação analgésica no cuidado pós-operatório da criança. A instituição afirmou que está apurando o caso com profundidade para compreender a cadeia de eventos e aprimorar processos e protocolos.

A unidade hospitalar também informou que profissionais foram afastados após o episódio, mas não detalhou quantos nem quais deles. Ressaltou ainda que mantém “sucessivos e transparentes contatos” com a família, presta acompanhamento integral ao paciente e aos familiares, e oferece suporte médico, psicológico e de outras áreas.

Segundo a instituição, medidas preventivas e corretivas já estão sendo adotadas. A família, que não será identificada para preservar a criança, segue acompanhando a evolução do quadro de saúde, ainda sem previsão de melhora.

O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.

*Três Passos News

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