A Comissão de Arbitragem da CBF decidiu afastar os árbitros e operadores de VAR que atuaram nas partidas entre São Paulo e Palmeiras e Red Bull Bragantino e Grêmio, ambas marcadas por fortes reclamações e polêmicas na 27ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Na prática, o afastamento funciona como uma “geladeira” – uma forma de resposta imediata às críticas de clubes e torcedores, mas que pouco contribui para resolver o problema central: a falta de consistência e de transparência nas decisões dentro de campo.
No MorumBis, o clássico entre São Paulo e Palmeiras terminou em 3 a 2 para o time alviverde e gerou revolta do lado tricolor. O árbitro Ramon Abatti Abel e o VAR Ilbert Estevam da Silva foram duramente criticados pelo presidente Júlio Casares, que publicou nas redes sociais um vídeo com cinco lances polêmicos e acusou a arbitragem de ter “manchado o Brasileirão”.
As queixas do São Paulo se concentraram, principalmente, em dois momentos: um pênalti não marcado de Allan sobre Tapia, ainda com o time da casa vencendo por 2 a 0, e na falta cometida de Andreas Pereira Marcos Antônio, já no segundo tempo, que poderia ter rendido um cartão vermelho ao jogador alviverde. Casares levou o protesto diretamente ao presidente da CBF, Samir Xaud, e ao coordenador da Comissão de Arbitragem, Rodrigo Cintra, pedindo medidas imediatas.
O lateral Marlon chamou a arbitragem de Lucas Casagrande de “vergonhosa” e acusou a CBF de falta de profissionalização. “O Grêmio está sendo roubado”, afirmou após a partida.
Correio do Povo





