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Com alta na energia elétrica, inflação oficial acelera para 0,44% em setembro, mostra IBGE

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inflação do País acelerou para 0,44% em setembro, subindo 0,46 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês anterior (-0,02%). O resultado foi influenciado pelas altas no grupo Habitação (1,80%), após aumento nos preços da energia elétrica residencial, que passou de -2,77% em agosto para 5,36% em setembro, e no grupo Alimentação e bebidas (0,50%), que subiu após dois meses consecutivos de quedas.

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No ano, a inflação acumulada é de 3,31% e, nos últimos 12 meses, de 4,42%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (9) pelo IBGE.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, dois tiveram maior influência nos resultados de setembro: Habitação (1,80%) e Alimentação e bebidas (0,50%), que contribuíram com 0,27 pontos percentuais (p.p.) e 0,11 p.p, respectivamente. Os demais grupos ficaram entre o -0,31% de Despesas pessoais e o 0,46% de Saúde e Cuidados Pessoais.

No grupo Habitação (1,80%), o resultado foi influenciado, principalmente, pela energia elétrica residencial, que passou de -2,77% em agosto para 5,36% em setembro, com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$4,463 a cada 100kwh consumidos.

Além disso, foram verificados os seguintes reajustes tarifários: Porto Alegre (7,01%), com reajuste médio de 0,06% em uma das concessionárias de energia a partir de 19 de agosto; Vitória (6,79%), com redução de 1,96% a partir de 7 de agosto; São Luís (4,07%), com redução de 1,11% a partir de 28 de agosto; e Belém (2,79%), com redução de 2,75% a partir de 7 de agosto.

Também foram verificados reajustes tarifários na taxa de água e esgoto (0,08%), nas seguintes áreas: Fortaleza (1,46%), com reajuste de 8,05% a partir de 5 de agosto; Salvador (0,36%), com reajuste de 5,81% a partir de 1° de agosto; e Vitória (0,27%), com reajuste de 4,31% a partir de 1º de agosto.

Ainda em Habitação, destaca-se o aumento do gás de botijão (2,40%). Além disso, o resultado do gás encanado (0,02%) decorre do reajuste médio de 2,77%, no Rio de Janeiro (0,17%), a partir de 1º de agosto; e da mudança na estrutura das faixas de consumo nas faturas em Curitiba, a partir de 1º de agosto (-0,25%).

Em Alimentação e bebidas (0,50%), a alimentação no domicílio teve alta de 0,56%, após dois meses consecutivos de queda. Foram observados aumentos nos preços do mamão (10,34%), da laranja-pera (10,02%), do café moído (4,02%) e do contrafilé (3,79%). No lado das quedas, destacam-se a cebola (-16,95%), o tomate (-6,58%) e a batata inglesa (-6,56%).

A alimentação fora do domicílio (0,34%) registrou variação próxima à do mês anterior (0,33%). O subitem refeição desacelerou de 0,44% em agosto para 0,18% em setembro, enquanto o lanche acelerou de 0,11% para 0,67%.

No grupo Transportes (0,14%), o aumento de preços no grupo foi influenciado pela alta das passagens aéreas (4,64%). Em relação aos combustíveis (-0,02%), gasolina (-0,12%) e óleo diesel (-0,11%) apresentaram quedas, enquanto o etanol (0,75%) e o gás veicular (0,03%) registraram alta nos preços.

Regionalmente, a maior variação ocorreu em Goiânia (1,08%), influenciada pela alta da gasolina (6,24%) e da energia elétrica residencial (4,68%). Por outro lado, a menor variação ocorreu em Aracaju (0,07%), por conta dos recuos da cebola (-25,07%), do tomate (-18,62%) e da gasolina (-1,68%).

*Correio do Povo

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