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Conheça o cavalo crioulo de R$ 22 milhões

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Palco tradicional para consagrar a produção pecuária do Estado, a 47ª Expointer representou um momento ainda mais especial para Jacinto Cala Bassa-TE. Aos seis anos de idade e pelagem colorada, o animal da Cabanha Cala Bassa, de Bagé, foi avaliado em R$ 22 milhões, tornando-se o representante mais caro da raça Cavalo Crioulo. O valor quebra um recorde de mais de uma década, e foi atingido com a venda de 5% de Jacinto. A marca anterior, de R$ 17 milhões, era do mouro JLS Hermoso, hoje com 27 anos.

Na edição de 2024, Jacinto ficou com o título de Freio de Bronze, no final da prova Freio de Ouro, promovida pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos. O currículo inclui ainda um Bocal de Ouro e um Reservado de Grande Campeão na Morfologia na Expointer de 2022.

“Esse cavalo é o que todo criador busca hoje em um indivíduo da raça crioula. Cavalo bonito aliado à função. É um cavalo extremamente morfológico. Uma morfologia competitiva aliando funcionalidade”, explica Santiago Fonseca Macedo, proprietário da Macedo Leilões Rurais, empresa responsável pela venda das duas cotas de 2,5%, em remate realizado no dia 29 de agosto.

Criador e ginete

O criador de Jacinto é Marcelo Moglia, ginete que o conduziu na arena do Freio de Ouro, durante a Expointer. Há 30 anos, Moglia criou a Cabanha Cala Bassa, cuja meta, definida no site próprio, é justamente a conquista do “Freio de Ouro e da Morfologia” na mais importante feira agropecuária do Rio Grande do Sul. No ano passado, Moglia recusou uma oferta de R$ 3 milhões por Jacinto, de acordo com Macedo.

Jacinto é a síntese dos bons negócios movimentados pelo Cavalo Crioulo no evento. As vendas, em sete remates, movimentaram R$ 16.679.500,00. Na avaliação do presidente da Associação de Criadores , César Hax, o setor vive um bom momento e seus criadores puderam levar para a feira ofertas diferenciadas. “Talvez isso resuma o momento em que a raça vive, de plena confiança de compradores. E os compradores, sempre digo que eles compram o nosso cavalo, compram a genética, compram os nossos ambientes, compram as nossas provas, compram as nossas convivências”, avalia. O leiloeira Macedo confirma a evolução da raça. “O criador está muito exigente. O usuário está muito exigente. É um dos motivos que trouxe essa valorização, com o cliente buscando animais realmente superiores”, acrescenta.

*Correio do Povo

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