Uma criança de 2 anos foi encontrada sozinha em via pública após sair, sem supervisão, do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Abelhinha Feliz 1, localizado no bairro Alto São Bento, em Itapema, na tarde de terça-feira (1º). O caso ocorreu por volta das 17h, quando o menino, identificado como Ravi, foi visto por uma mulher na Rua 902C, nas imediações da creche. A própria mulher conduziu a criança de volta à unidade escolar.
Ao chegar para buscar o filho, a mãe, Mayra Silva, encontrou o menino fora do ambiente escolar, o que gerou desespero e questionamentos à equipe da unidade. Segundo relatou, a direção não soube explicar de forma clara como a criança conseguiu sair sozinha. A hipótese levantada é de que Ravi teria se aproveitado do momento em que um responsável buscava outra criança e passado por dois portões que estavam abertos. Nenhum servidor teria presenciado a saída.
A mãe registrou boletim de ocorrência e participou, na quarta-feira (2), de uma reunião na Secretaria Municipal de Educação, às 17h. Estiveram presentes também a avó da criança, identificada como Vânia, e o vereador Saulo Ramos (PP). Na ocasião, a família solicitou acesso às imagens das câmeras de segurança e informou que pretende judicializar o caso após análise do conteúdo.
Entre as reclamações feitas pelos familiares estão falhas no controle de entrada e saída de pessoas, fragilidade no sistema de vigilância no horário de dispersão e o fato de que os portões estariam simultaneamente abertos por volta das 17h. Eles também relataram que o guarda da unidade não conhece todos os responsáveis pelos alunos. A avó contestou publicações feitas pela gestão municipal com a versão oficial do caso e afirmou que “só tomarão providências depois de ver a filmagem”.
O secretário municipal de Educação, Valdir Nesi Filho, afirmou que foram repassadas novas orientações às equipes escolares para reforço da atenção nos horários de saída. Segundo ele, o número de vigilantes permanece igual ao do ano anterior e estão sendo feitos ajustes para ampliar a segurança das crianças nas unidades de ensino.
A família segue cobrando explicações da Secretaria de Educação e da direção da unidade e considera entrar com ação judicial, dependendo do que for apurado nas imagens de segurança.
Fonte: Lance Itapema
