O suspeito de matar um homem, esquartejar o corpo dele e esconder as partes no freezer foi preso, em Gramado, na Serra gaúcha. Ele é enteado da vítima, que morreu na localidade de Quintão, em Palmares do Sul, no Litoral Norte. A mãe dele, também investigada por participação no crime, fugiu e ainda tem o paradeiro desconhecido.
Conforme a Polícia Civil, o preso confessou a autoria do crime e disse ter cometido o assassinato a golpes de faca. Depois, esquartejou e carbonizou o corpo da vítima, vindo a esconder as partes no freezer. A motivação seria passional.
O suspeito também teria dito que agiu por conta própria. No entanto, conforme o delegado Antônio Carlos Ractz Júnior, que comanda a investigação, a participação da mãe dele não foi descartada.
“Ele foi autuado em flagrante, enquanto continuam as buscas por sua mãe. Acreditamos que o suspeito não cometeu o crime sozinho. As coisas [que ele disse] não batem. Por isso, não dou o caso como resolvido”, destacou Antônio Carlos Ractz.
Relembre o caso
O corpo foi encontrado na manhã de terça-feira, dentro de um freezer, em Quintão. A vítima é Milton Prestes da Silva, de 66 anos, localizado em um imóvel, na rua Visconde de São Leopoldo. Ele vivia ali e também gerenciava uma loja de conveniência.
Milton não era visto desde a última quinta-feira. O cadáver dele foi descoberto por um amigo e o cunhado dele, que estranharam o sumiço e resolveram questionar os moradores da localidade sobre a situação.
Os relatos da vizinhança davam conta de que, no último sábado, havia bastante fumaça na residência onde Milton morava. Um odor de queimado também exalava através das janelas.
A dupla então decidiu ir até a residência do desaparecido e confrontar a companheira dele com as informações. Acontece que, segundo eles, a mulher aparentou nervosismo e não soube explicar o paradeiro de Milton. Na sequência ela embarcou em um automóvel e fugiu.
A mulher tem 47 anos e é natural de Frederico Westphalen, no Norte gaúcho. Ela guiava um Volkswagen Gol branco, com placas de Campo Bom, que foi abandonado no entorno da Lagoa do Quintão.
Correio do Povo