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Esquema que movimentou R$ 82 milhões do tráfico é alvo da Polícia Federal no RS e mais quatro estados

Foto: SENAD / Reprodução / CP
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Cerca de 190 agentes da Polícia Federal integraram a Operação Vagus, deflagrada nesta terça-feira em combate a crimes contra o sistema financeiro em cinco estados do Brasil e no Paraguai. O alvo foi um grupo estabelecido no Sul gaúcho que, em dois anos, teria movimentado R$ 82 milhões oriundos do tráfico de drogas e contrabando. Cinco pessoas foram presas, incluindo um homem apontado como integrante da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC).

Em solo brasileiro, a ação aconteceu no Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio Grande do Norte e no Paraná. Já no país vizinho, houve o apoio da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad) em diligências na fronteira.

Foram cumpridos 34 mandados de busca e apreensão, seis mandados de prisão preventiva, quatro de prisão temporária e mais 12 medidas cautelares diversas da prisão. As ordens ocorreram nas cidades de Curitiba (PR), São José dos Pinhais (PR), São Paulo (SP), São Caetano do Sul (SP), Natal (RN), Ponta Porã (MS), Chuí (RS), Bagé (RS) e Aceguá, na fronteira do RS com Uruguai, além da Pedro Juan Caballero, na divisa entre MS e Paraguai.

A ofensiva desta manhã foi desdobramento da Operador Fenício, operação efetuada em novembro de 2022 que teve como alvo uma empresa com sede no Chuí. À época, houve bloqueio de R$ 7 milhões na conta dos investigados. Ocorre que, mesmo depois da ação, a PF constatou que as atividades ilícitas persistiram, o que resultou na identificação de novos suspeitos.

O desdobramento da investigação revelou um esquema de lavagem de dinheiro de amplitude internacional, envolve bancos paralelos que se utilizam de pessoas físicas e jurídicas para movimentação de valores ilícitos. De acordo com a PF, os suspeitos realizavam depósitos e transferências bancárias para para uma rede de laranjas e comércios de fachada, principalmente supermercados e postos de gasolina em regiões de fronteira.

A apuração policial indicou que o esquema era dividido em cinco núcleos autônomos, que atuavam no Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. A suspeita é que o dinheiro sujo seria enviado para casas de câmbio casas nas nações vizinhas, onde permanecia à disposição de organizações criminosas.

Entre os alvos da Operação Vagus está um homem de 26 anos, detido por agentes do Senad na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero. Preso no interior de uma casa de alto padrão, o suspeito é apontado como operador financeiro do grupo criminoso PCC.

Correio do Povo

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