A seca no Rio Grande do Sul se agrava e já levou 40 municípios a decretarem situação de emergência devido ao déficit hídrico, que impacta a agricultura, a pecuária e o abastecimento de água. Segundo a Defesa Civil estadual, ao todo, 48 municípios já relataram problemas causados pela estiagem.
Conforme a Metsul Meteorologia, essa situação vai se agravar em fevereiro, principalmente na primeira metade do mês, em decorrência das altas temperaturas e das chuvas serem irregulares.
Santa Maria, um dos principais municípios do interior do estado, é uma das cidades mais recentes a decretar emergência. A falta de chuva comprometeu a produção agrícola e a pecuária, com destaque para perdas na bovinocultura de leite e corte, além de culturas como soja, milho e hortaliças. As estimativas iniciais apontam um prejuízo financeiro de R$ 67 milhões. Para amenizar a crise, a Defesa Civil municipal tem distribuído diariamente cerca de 100 mil litros de água para famílias da zona rural, abrangendo quatro bairros e nove distritos.
A situação tende a se agravar nas próximas semanas, com mais municípios se preparando para decretar emergência. Mata, São Pedro do Sul e Entre-Ijuís já oficializaram a medida, enquanto Restinga Sêca está coletando dados para a elaboração do decreto, que deve ser assinado nos próximos dias.
Em Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo, um segundo caminhão-pipa foi ativado para atender a alta demanda de pedidos de água. Embora tenha chovido na cidade, as precipitações foram irregulares e insuficientes para recuperar os níveis dos reservatórios.
De acordo com a MetSul Meteorologia, o cenário para os próximos dias não é favorável. As projeções indicam chuvas irregulares no início de fevereiro, com a formação de áreas de instabilidade devido ao calor intenso. No entanto, a distribuição será desigual, podendo resultar em temporais isolados em algumas cidades e ausência total de chuva em outras.
Fonte: Metsul
