Em uma entrevista recente, o gerente da Unidade do Depósito, Evandro Lupatini, discutiu os desenvolvimentos atuais na colheita de inverno e compartilhou insights sobre as expectativas para o plantio da soja.
Lupatini destacou inicialmente que os últimos dois anos de escassez de chuvas, embora tenham prejudicado as lavouras de soja, foram favoráveis para as plantações de trigo, que apresentaram resultados promissores. Ele observou que a área destinada às culturas de inverno teve uma redução de 28%, influenciada por vários fatores. Além disso, o plantio ocorreu mais tarde devido à falta de umidade no solo, o que resultou em uma aplicação mais tardia de adubação de Nitrogênio. Das duas aplicações previstas, apenas uma surtiu efeito em média. Lupatini apontou que, embora a lavoura tenha se estabelecido bem dentro do zoneamento, algumas áreas apresentaram manchas, refletindo diferentes níveis de investimento. As geadas ocorridas em agosto e setembro também alteraram a perspectiva de uma boa produção, e o excesso de chuvas em setembro teve um impacto significativo, afetando o pH médio e a produtividade do trigo.
Quanto ao plantio de soja, Evandro ressaltou a importância de tomar decisões precisas. Ele observou que a estiagem dos últimos anos exigiu replantios em algumas áreas até quatro vezes: “A fase inicial pode influenciar em até 70% o resultado em termos de produtividade. É crucial ter um solo mais aquecido e menos úmido do que o atual. Mesmo com investimentos em sementes, fungicidas e inseticidas, o início do processo é fundamental. Não se deve ter pressa; é preciso monitorar cuidadosamente a velocidade de plantio e estar atento às condições climáticas, pois o excesso de chuvas pode tanto atrasar o plantio quanto prejudicar a qualidade da lavoura de soja, que necessita de um bom início para prosperar”, enfatizou Lupatini.
Fonte: Cooperativa Cotriel