Desde 2021, a vida da jovem Nara Boaventura, de 27 anos, mudou. Após ter Covid-19, ela sofreu com complicações neurológicas graves, que a deixaram acamada. Dois anos depois, em 2023, a família descobriu que Nara estava grávida, fruto de abusos sexuais cometidos pelo próprio pai da jovem. Em função do quadro de saúde dela, a gestação foi interrompida. O caso ocorreu em Anápolis (GO).
Atualmente, Nara não anda, não fala, e faz uso de fraldas. Segundo a família, Nara ficava sob os cuidados do pai, enquanto a mãe saía para trabalhar para bancar as despesas. O abuso foi descoberto após a jovem começar a se sentir mal, com dores, e passar por uma bateria de exames.
Após o estupro ser descoberto, a mãe, Nilza, passou a se dedicar somente à filha. Atualmente, a família faz vaquinhas, rifas e outras ações para arrecadar recursos para bancar o tratamento da jovem. Em um site, já foram arrecadados mais de R$ 350 mil, mais do que a meta de R$ 240 mil. O valor será destinado para a fisioterapia neurológica e respiratória, acompanhamento fonoaudiológico e neurológico, além de compra de fraldas, suplementos e medicações. A família acredita que o tratamento permita que a jovem volte a falar.
Ainda de acordo com site da campanha, a vaquinha vai permitir que a mãe compre sua parte na casa que dividia com o ex-marido, o pai de Nara. A parte do imóvel foi avaliada em R$ 125 mil.
Os dois ficaram casados por 30 anos e, após a descoberta da gravidez, ela iniciou o processo de separação, que incluiu a partilha de bens, como carro e casa da família. O homem, de 52 anos, foi preso em abril de 2023. Ele foi sentenciado a 18 anos de prisão.
Além de dinheiro, Nilza afirmou que os interessados podem colaborar com doações de óleo de girassol, lenços umedecidos, creme corporal, fraldas tamanho G e gloss labial. “Eu passo nela porque ela sempre foi muito vaidosa”, explicou para um jornal local.
Correio Braziliense