



Dra. Caroline Salvagni Hoeltgebaum Sartori – Carol, de 40 anos, foi uma vítima tanto do próprio vírus, quanto de suas sequelas.
Moradora do centro de Barros Casssal, foi diagnosticada no dia 11 de agosto, tendo feito o exame dia 6 de agosto, devido ao fato de sua mãe, de 70 anos, ter testado positivo para o vírus. Naquele dia sentia dor de cabeça e garganta.
Caroline então foi acompanhada por seu pai até a cidade de Passo Fundo, para a consulta com um neurologista, sendo realizado o exame eletroneuromiografia, que constou polineuropatia periférica – surge quando acontecem danos graves em vários nervos periféricos, causando sintomas como fraqueza, formigamento e dor persistente – uma inflamação causada provavelmente pelo vírus Covid-19, pois pode acontecer por conta de qualquer vírus, até mesmo o da gripe, é uma doença sistêmica, inflamatória e depois que entra na corrente sanguínea e atravessa a barreira que nosso corpo tem contra agentes patogênicos e pode afetar qualquer órgão, no caso do COVID-19, é a parte pulmonar, mas Carol não foi afetada por isso, não teve falta de ar, apenas cansaço pela parte neurológica. Em relação à parte sensitiva, está bem melhor, a parte motora que lhe impossibilita muito no momento: “vou arrumar a erva na cuia de chimarrão e minha mão escapa, já caí da escada por não ter ido devagar, meu equilíbrio não está bom pelo acometimento dos nervos”.
As sequelas podem ser tanto físicas quanto psicológicas, e Carol foi afetada das duas formas, no início teve muita confusão mental e então ficou muito abalada por não conseguir pegar nada devido aos tremores, ela conta que essa experiência mudou muito sua vida, ensinou a dar mais valor à sua saúde e família.
A equipe de neurologistas de Passo Fundo, com quem Carol fez exames no início de setembro, disseram nunca terem visto um caso como o dela, e os exames após isso, dizem que ela ainda não possui anticorpos, seu igG não positivou, o que quer dizer que teoricamente ainda pode pegar o vírus novamente, como casos que já vimos, de recontaminação .
Além dos medicamentos, Caroline também está em tratamento através da fisioterapia.
Fonte: Jornal Serrano
