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Menina sequestrada no Litoral Norte recebe atendimento psicológico

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A menina de 9 anos que foi sequestrada e abusada em Tramandaí, no Litoral Norte, recebeu tratamento em Porto Alegre. Na quarta-feira, horas após o resgate, ela foi encaminhada junto a familiares ao Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, na avenida Independência. A criança já retornou para casa.

O atendimento médico que a vítima recebeu na Capital foi para traumas psicológicos. O serviço é prestado através do Centro de Referência no Atendimento Infantojuvenil (Crai), com foco em crianças e adolescentes que sofreram violência sexual.

Antes disso, ainda em Tramandaí, a criança foi socorrida em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Ela também recebeu tratamento profilático contra doenças venéreas e foi submetida a corpo delito. Ainda não havia o resultado do exame até o momento desta publicação.

O suspeito, Marco Antônio Bocker Jacob, teria sequestrado a menina na tarde de terça-feira, enquanto ela brincava sozinha em uma praça na rua São Marcos, no bairro Parque dos Presidentes. Ele teria oferecido um picolé para atrair a criança. Ele foi linchado por populares após o resgate.

No dia seguinte, munidos de informações do Setor de Inteligência da corporação, PMs do Choque encontraram a vítima. Ela tinha as mãos amarradas e estava dentro de um calabouço nos fundos do estabelecimento, que fica no mesmo bairro onde ocorreu o rapto e seria propriedade do suspeito.

O esconderijo ficava no chão, sendo camuflado por uma tampa de concreto e com caixas de cerveja em cima. De acordo com o coronel Artur Marques de Barcellos, comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Litoral (CRPO Litoral), o alçapão tinha pouco mais de um metro de profundidade. O oficial adiciona que a menina, apesar do forte trauma que sofreu, passa bem.

“Ela foi encontrada em um buraco concretado. Parecia um bunker, um cativeiro, com uma boca de 50 centímetros de largura e pouco mais de um metro de profundidade, e se estendia na horizontal. A tampa também era de concreto e ainda havia caixas com garrafas em cima. A menina foi prontamente socorrida e passa bem”, destaca o coronel Artur Marques de Barcellos.

Ainda segundo o coronel Barcellos, o resgate ocorreu a partir de relatos colhidos na vizinhança, denúncias via 190 e análise de imagens de câmeras de monitoramento. Ele conta que PMs foram ao lugar indicado e questionaram o suspeito, momento em que ouviram os pedidos de socorro da vítima.

“Uma equipe da Operação Golfinho, com policiais militares do Choque e do Setor de Inteligência, esteve no estabelecimento para abordar o proprietário. Enquanto eles faziam a interação, ouviram os chamados de socorro da vítima e iniciaram as buscas”, detalha o comandante do CRPO Litoral.

 

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