A causa da morte não foi informada. Pelegrin estava preso desde março.
No processo, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) informou a Justiça sobre a morte.
De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), a vítima fazia a limpeza no 6º andar do edifício e estava amarrada por uma corda no telhado do prédio. Durante o trabalho, Pelegrin, que morava na cobertura, no 27º andar, cortou a corda com uma faca.
Em nota, a defesa disse que Pelegrin enfrentava problemas de dependência química há alguns anos. Os advogados tentaram a liberdade provisória para que ele fosse internado em uma clínica particular, o que foi negado pela Justiça.
Entenda o caso
A polícia foi acionada após o corte da corda. Os policiais tiveram que arrombar a porta de um dos quartos do apartamento, onde Pelegrin foi encontrado e reconhecido pelo trabalhador.
Conforme o Ministério Público, os agentes encontraram a faca usada no crime e um pedaço da corta cortada na sacada do apartamento de Pelegrin.
Ao ser interrogado, ele ficou em silêncio e disse “não saber os motivos de ter sido conduzido à delegacia”.
Pelegrin foi denunciado pelo Ministério Público por tentativa de homicídio.
Na denúncia, o MP considerou duas qualificadoras: recurso que dificultou a defesa da vítima e uso de meio insidioso – ou seja, o crime foi cometido sem que a vítima percebesse.
Trabalhador estava a 18 metros de altura
Trabalhador estava a 18 metros de altura quando teve corda cortada por morador da cobertura — Foto: Artes/RPC
O trabalhador que fazia a limpeza estava a 18 metros de altura quando a corda que sustentava ele foi cortada por Pelegrin, segundo a Polícia Civil.
O dispositivo que o segurava é chamado de trava-quedas dentro da área de segurança do trabalho.
Segundo Carlos Eduardo Lunelli, engenheiro de segurança do trabalho e professor na PUC-PR, quando um profissional trabalha em uma fachada de prédio, por exemplo, ele é sustentado por cordas que são presas no topo do edifício.
De acordo com o engenheiro, há também um cordão, geralmente de aço, chamado de “linha de vida”, que vai desde o topo do prédio até a base dele. Nesse cabo é fixado o equipamento “trava-quedas”, que fica preso ao cinturão de segurança usado pelo profissional.
G1