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Número de mulheres investidoras da bolsa cresce gradativamente

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Embora a bolsa de valores ainda seja um ambiente majoritariamente masculino, a presença feminina tem avançado gradativamente. Em 2024, as mulheres bateram recorde em aplicações na renda variável: o número de investidoras passou de 1.292.666 para 1.381.426 entre dezembro de 2023 e o mesmo mês de 2024 — um crescimento de 7%.

Na base total de investidores da B3, a bolsa de valores oficial do Brasil, as mulheres já representam 26%, enquanto os homens somam 74%. A diferença ainda é expressiva, mas vem diminuindo aos poucos. Em dezembro de 2021, elas eram 24%. No Rio Grande do Sul, esse avanço também é visível: as gaúchas passaram de 22,6% do total de investidores no fim de 2021 para 24,5% em dezembro do ano passado.

A superintendente de Educação da B3, Christianne Bariquelli, observa que, proporcionalmente, o número de mulheres no universo da renda fixa é maior, em especial no Tesouro Direto.

“Hoje, 34% dos investidores em Tesouro Direto são mulheres. Considerando todos os produtos em custódia na B3, as mulheres representam pouco mais de 25% da base que hoje é composta por mais de 6 milhões de pessoas”, informa.

Merecem destaque entre as preferências, segundo ela, os fundos de investimento imobiliário, que tiveram crescimento no público feminino de mais de 19% em um ano.

Bariquelli observa que há um comportamento comum entre as mulheres em todas as regiões do Brasil. Geralmente, elas começam a investir com valores superiores aos aplicados pelos homens. “Nossa hipótese é que ela se prepara, estuda e precisa estar mais segura das escolhas para começar”, avalia.

Para Renato Sarreta, líder regional Sul da XP, a presença delas na bolsa de valores indica uma evolução da educação financeira. “Cada vez mais, as mulheres demonstram interesse por diversificar as suas finanças, um comportamento que reflete a busca por segurança financeira, independência e a possibilidade de aumentar a renda”, explica.

Como começar a investir

  • Hoje em dia é muito mais fácil começar a investir do que foi no passado, na opinião da superintendente de Educação da B3. “Os aplicativos dos bancos e das corretoras facilitaram muito o processo, e há também muita informação disponível.” Por isso, a sugestão para quem quer começar a investir, é pesquisar por uma instituição financeira autorizada pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
  • É importante também conhecer o perfil de investimento. “Ou seja, quais são os seus objetivos financeiros, e o quanto de risco estará disposta a correr para tentar acelerar a chegada ao objetivo final.” O próximo passo é escolher um investimento alinhado ao seu perfil e objetivo.
  • Atualmente é possível investir com praticamente qualquer quantia. No Tesouro Direto, por exemplo, mínimo é de 1% do valor do título, o que pode ser menos de R$ 2 em alguns casos. “Sempre procure conhecer minimamente o investimento que você está escolhendo. No site da B3 há muito conteúdo educacional gratuito para ajudar no entendimento dos principais investimentos.”
  • Correio do povo

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