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O que se sabe sobre assassinato de grávida em Porto Alegre: suspeita monitorava outras mulheres, diz vizinha

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Foto: Jônatha Bittencourt / Record RS
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O caso da mulher de 42 anos detida em flagrante no Hospital Conceição, na madrugada desta quarta-feira, 16, por matar uma jovem grávida e roubar o feto, chocou Porto Alegre. A acusada simulava uma gravidez de 8 meses e chegou a forjar uma cena de parto no local do crime, após ter matado a vítima e extraído o feto. Em entrevista coletiva no início da tarde desta quarta-feira, a delegada Graziela Zinelli relatou que a acusada chegou a chamar uma vizinha para ajudar com o falso parto. A vizinha tentou reanimar o bebê e chamou uma ambulância, mas o feto já estava morto.

“Não senti o cheiro de nada. Ela disse que o filho era dela. Eu entrei em desespero e comecei a chorar porque eu também já perdi uma gestação. O que mais me chocou na hora foi a criança, porque também sou mãe e ele estava enroladinho e ela dizia ‘meu filho volta pra mim’”, contou a vizinha que atendeu a porta para ajudar a suspeita. “Depois percebi que ela estava em surto psicótico, porque ela suava e gritava muito”, complementou.

Ainda de acordo com a vizinha, a suspeita frequentava festinhas de crianças de outras famílias do condomínio. Conforme o relato, ela acredita que a mulher estava observando outras gestantes que moravam no local. Uma mulher grávida teria se mudado e a suspeita pediu aos vizinhos o telefone, mas eles não passaram a informação. E uma outra grávida foi contatada para ganhar um suposto carrinho de bebê, mas ela já tinha um e negou a doação.

Segundo a delegada Zinelli, o feto provavelmente faleceu devido à demora no parto e desnutrição. Em depoimento à polícia, o marido da acusada afirmou que a suspeita já havia perdido gestações anteriormente. A polícia acredita que o crime tenha sido premeditado e motivado pela frustração decorrente das gestações interrompidas.

A vítima, Paula Janaína Ferreira Mello, de 25 anos, estava desaparecida desde segunda-feira à noite e teve o corpo encontrado embaixo de uma cama, enrolado em sacos plásticos e cobertores, dentro da casa da suspeita. A jovem teria sido atraída pela criminosa por promessas de doações de roupas e de um carrinho de bebê.

Correio do Povo

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