Um influenciador de estilo de vida, Maxim Lyutyi, de 44 anos, foi condenado a oito anos de prisão por negligência que resultou na morte de seu filho recém-nascido, Cosmos. A criança morreu em março de 2023, mas o julgamento foi no último domingo (14).
Lyutyi insistiu que o bebê fosse alimentado com luz solar, como as plantas se alimentam via fotossíntese, em vez de comida e leite, informou Daily Mail.
Ele e sua parceira, Oxana Mironova, de 34 anos, não proveram a alimentação de que o bebê necessitava – a criança morreu de pneumonia e emagrecimento com menos de um mês de idade. Lyutyi cumprirá pena numa colônia penal de alta segurança na Rússia.
Ideologia perigosa
Lyutyi retirava o bebê da mãe e o submetia a banhos de água fria para “endurecê-lo”. O pequeno corpo não resistiu ao abuso, desenvolvendo exaustão e problemas respiratórios. Nem assim foi levado aos médicos.
No tribunal, Lyutyi admitiu sua culpa por “negligência”, após tentar culpar Mironova, que já havia sido sentenciada a dois anos de “trabalho correcional”.
Hipocrisia
Lyutyi foi descoberto comendo carne durante sua custódia, ignorando sua própria filosofia. Ele queria criar o recém-nascido comendo prana – uma dieta na qual as pessoas ficam sem comida e água por um longo tempo e “se alimentam do sol”. Ele foi acusado de impedir Mironova de amamentar e foi descrito como um “fanático radical por alimentos crus”.
Ainda segundo o Daily Mail, a avó materna do bebê acusou Lyutyi de liderar uma ‘seita’. Outro familiar disse que Oxana tinha medo do marido e que ele queria criar o menino como um homem que só se alimenta de sol. A prima de Oxana disse que Lyutyi proibiu a esposa de alimentar o bebê, e que ela tentava secretamente nutrir a o recém-nascido.
Parto em casa
Como parte de sua idelogia, Lyutyi fez o parto em casa, recusando-se a deixar Oxana ir à maternidade.
Quando finalmente levaram o bebê já debilitado aos médicos, não havia mais o que fazer, pois ele estava terrivelmente desnutrido.
A Voz das Cidades