Estudos recentes conduzidos por cientistas brasileiros indicam que um exame de sangue pode identificar a doença de Alzheimer por meio do biomarcador p-tau217. As pesquisas, apoiadas pelo Instituto Serrapilheira, analisaram mais de 110 estudos com cerca de 30 mil pessoas e compararam os resultados com exames de líquor, alcançando mais de 90% de confiabilidade.
Atualmente, o diagnóstico da doença no Brasil depende de punção lombar ou exames de imagem, procedimentos caros e complexos, o que limita a aplicação em larga escala pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O novo exame poderia facilitar a detecção precoce, principalmente em pessoas com mais de 55 anos, fase considerada pré-clínica da doença.
O estudo também aponta que baixa escolaridade aumenta o risco de declínio cognitivo, reforçando a importância de fatores socioeconômicos e educacionais no envelhecimento do cérebro. Pesquisadores trabalham para viabilizar uma versão acessível do exame para o SUS, com resultados definitivos previstos em cerca de dois anos.
*Agora no Vale





