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Plano Nacional de Vacinação contra o coronavírus terá quatro fases e prioriza idosos e profissionais de saúde

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Imagem: Divulgação
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Após semanas de debate com entidades e secretarias municipais e estaduais de saúde, o Ministério da Saúde estabeleceu nessa terça-feira (1) que a vacinação contra o coronavírus vai ocorrer em quatro fases no país após aprovação de imunizante pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Profissionais da saúde e idosos a partir de 75 anos farão parte do grupo prioritário do Plano Nacional de Vacinação. 

De acordo com o que ficou estabelecido pelo governo federal, na primeira fase, devem entrar trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena. Em um segundo momento, entram pessoas de 60 a 74 anos. A terceira fase prevê a imunização de pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença (como portadores de doenças renais crônicas e cardiovasculares). A quarta e última deve abranger professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.

Segundo o Ministério da Saúde, pelos estudos observados até agora, não haverá doses suficientes em 2021 pra imunizar a totalidade da população.

O secretário de Vigilância em Saúde da Pasta, Arnaldo Medeiros, salientou que o plano apresentado nesta terça-feira é preliminar e que sua estrutura final dependerá das vacinas disponibilizadas. 

— É importante destacar que o plano que está sendo discutido ainda é preliminar e sua validação final vai depender da disponibilidade, licenciamento dos imunizantes e situação epidemiológica de cada região.

Estão sendo analisados pela Anvisa os estudos envolvendo vacinas desenvolvidas pelos laboratórios Pfizer, Astrazeneca (em parceria com a Universidade de Oxford) e Sinovac (em parceria com o Instituto Butantan). 

Durante a reunião com o grupo técnico da pasta, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério, Francieli Fantinato, detalhou que a vacinação deve obedecer também critérios logísticos de recebimento e distribuição das doses. 

As fases desenhadas pela equipe técnica priorizam grupos, divididos conforme análise de dados internacionais – a partir do Centro de Controle de Doenças norte-americano – e nacionais, com informações que levam em conta nuances epidemiológicas da Covid-19 entre os brasileiros, bem como comorbidades e dados populacionais.

Durante a reunião com o grupo técnico da pasta, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério, Francieli Fantinato, detalhou que a vacinação deve obedecer também critérios logísticos de recebimento e distribuição das doses. 

As fases desenhadas pela equipe técnica priorizam grupos, divididos conforme análise de dados internacionais – a partir do Centro de Controle de Doenças norte-americano – e nacionais, com informações que levam em conta nuances epidemiológicas da Covid-19 entre os brasileiros, bem como comorbidades e dados populacionais.

O Brasil já possui garantidas 142,9 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 por meio dos acordos Fiocruz/AstraZeneca (100,4 milhões) e Covax Facility (42,5 milhões). No mês passado, o Ministério da Saúde sediou encontros com representantes dos laboratórios Pfizer BioNTech, Moderna, Bharat Biotech (Covaxin) e Instituto Gamaleya (Sputnik V), que também possuem vacinas em estágio avançado de pesquisa clínica, para aproximação técnica e logística.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que nenhuma delas está descartada: 

— Estamos na prospecção de todas as vacinas. Todas são importantes.

Além do Ministério, integram o grupo de discussão sobre o Plano Nacional de Vacinação a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Instituto Nacional de Controle e Qualidade em Saúde (INCQS), a Fiocruz, o Instituto Butantan, o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), sociedades médicas, conselhos federais da área da saúde, Médicos Sem Fronteiras e integrantes dos Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais e Municipais de Saúde (Conass e Conasems).

*GZH

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