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Polícia do RJ identifica 99 pessoas entre os mortos em ação e encontra chefes do tráfico de quatro estados

Foto : Mauro Pimentel / AFP
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Em nova coletiva da Segurança Pública do Rio de Janeiro, o secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, comunicou nesta sexta-feira que as autoridades já identificaram 99 pessoas mortas na megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão. Segundo Curi, no grupo há chefes do tráfico de Manaus, Bahia, Goiás e Espírito Santo.

No total, segundo o governo do Rio de Janeiro, há 121 mortos, sendo quatro policiais e 117 homens suspeitos de integrarem o Comando Vermelho.

Conforme o secretário Felipe Curi, dos 99 identificados, 78 tinham “relevante histórico criminal”, 42 tinham mandados de prisão pendentes e 40 pertenciam a outros estados. Há homens do Pará, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás e Espírito Santo.

A presença de criminosos de outros estados foi explicada por Curi com o uso do Complexo do Alemão como um centro de formação do crime. “Esses homens saíam dos seus estados para adquirir ‘know how’ dentro do crime e depois retornarem para seus locais de origem. A partir daí, o Comando Vermelho teria outros integrantes em diversos locais do Brasil”, relatou.

O secretário colocou ainda que o complexo da Penha também servia como local de treinamento, mas o Alemão era visto como o QG das operações. “De lá (Alemão) partiam as ordens da facção para outros pontos do Brasil em que o CV tem representação”, comentou.

A operação Contenção tinha como principais nomes como Doca (também conhecido como Urso) e Pedro Bala, que pertencem ao alto escalão do Comando Vermelho. Também estavam na mira Síndico e Gardenal, homens de confiança de Doca; e Juan BMW, um dos “gerentes”.

O secretário Curi negou que tenha havido vazamento da operação. “Não temos dados de inteligência que comprovem isso. Não houve vazamento. O que houve foi uma intensa mobilização de policiais e viaturas e isso chama a atenção dos marginais. Não podemos aparecer no lugar num passe de mágica. Além disso, poderíamos sair para qualquer outra favela”, argumentou.

Correio do Povo

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