Recentemente assumiu a presidência do Conselho Penitenciário de Espumoso (CPE) o advogado Ruanito Pagnunsati, o Roa. Ele explicou que há superlotação no presídio de Espumoso e também existe risco do aumento do número de apenados com a interdição dos presídios de Passo Fundo, Erechim e Lagoa Vermelha, porque os presos deverão ser encaminhados aos presídios de Carazinho, Sarandi, Getúlio Vargas e Espumoso.
Segundo Ruanito, o Presídio Estadual de Espumoso (PEE) tem capacidade para 60 presos, mas está abrigando 152, sendo que em cada cela estão 25 pessoas, o que comprova a superlotação. E destes, 135 estão em regime fechado.
O presidente alerta que o problema ficará pior no verão com o calor, porque são muitos aglomerados numa cela, e correndo o risco do número de internos aumentar com a vinda de novos presidiários. Tem ainda o problema das doenças que podem acarretar um surto dentro da casa.
Ruanito disse ainda que caso estes presidiários venham, haverá problemas porque o Presídio de Espumoso recebe presos de baixa periculosidade e que se somarão a estes pessoas com outro perfil, que deveriam estar em casas de segurança máxima.
Ainda segundo ele, de sexta-feira até ontem foram arremessados 11 celulares para o pátio do presídio, o que provoca um trabalho a mais aos agentes penitenciários.
Pagnusati revelou que o PEE deverá receber melhorias, como uma sala de revista com scanner, já que revistas íntimas são proibidas, além de um parlatório para que os advogados conversem com os seus clientes.
O presidente do CPE disse que pretende pedir ajuda aos municípios que tem presos na casa, e espera ter o apoio dos poderes públicos e da sociedade em geral para melhorias, porque o Estado não está repassando recursos para Espumoso.
Pagnusati revelou que a administração do presídio está tendo problemas com uma das celas, que abriga presos de Passo Fundo e que estão dando mais trabalho aos agentes penitenciários por sua periculosidade, fazendo com que esses agentes precisem atuar armados.
Com informações de JE Acontece