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Quadrilha de SP é alvo de operação após lesar morador de Canoas em mais de R$ 200 mil

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Foto: Polícia Civil / Reprodução
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Agentes da Polícia Civil cumpriram 16 mandados de busca e apreensão em São Paulo. As diligências integraram a terceira fase da Operação Linha Cruzada, deflagrada nesta quarta-feira contra suspeitos de praticar estelionatos via ligação telefônica. De acordo com a instituição, o esquema lesou um morador de Canoas em mais de R$ 200mil. Até o momento, quatro investigados foram conduzidos para prestar depoimento.

Sob comando da 3ª DP de Canoas, a ofensiva ocorreu após um ano de investigação e somou policiais gaúchos e paulistas. O objetivo foi desarticular uma quadrilha com base em São Paulo, mas que também aplicou golpes no Rio Grande do Sul.

Uma das vítimas do grupo criminoso foi um morador de Canoas, na Região Metropolitana. O homem de 26 anos chegou a enviar mais de R$ 200 mil aos golpistas, por meio de pix e transferências bancárias. Conforme a Polícia Civil, todo o montante já foi recuperado.

O esquema tem como base um golpe conhecido popularmente como “Falsa Central de Atendimento” ou “Falso 0800”. Nesse tipo de fraude, os criminosos telefonam para a vítima como se fossem funcionários de uma instituição financeira. O objetivo da farsa é induzir o interlocutor a efetuar movimentações bancárias, como transferências e empréstimos, para as contas dos estelionatários.

“Os criminosos encontraram uma maneira de ganhar dinheiro fácil. Eles não precisam se esforçar, nem sair de casa, apenas passam o dia inteiro ligando para pessoas aleatórias em busca de alguém que consigam enganar”, disse a titular da 3ª DP de Canoas, Luciane Bertoletti.

Ainda de acordo com a delegada, golpes telefônicos têm sido prática comum no crime organizado. Ela destaca que, nas outras fases da operação, foram presos suspeitos de integrar a facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC). Entretanto, a titular da 3ª DP de Canoas aponta que não é possível associar a prática a um grupo criminoso específico.

“Não há como atribuir o esquema a uma facção, mas é notório que as organizações criminosas utilizam celular para aplicar golpes. Nas outras duas fases da ação, prendemos suspeitos ligados a quadrilhas paulistas e gaúchas. É uma prática utilizada por estelionatários Brasil afora”, ponderou Luciane Bertoletti.

Ambas etapas anteriores da Operação Linha Cruzada ocorreram em novembro de 2022 e outubro de 2023, também em São Paulo. As duas ofensivas somaram 43 pessoas presas. Os suspeitos teriam movimentado, em um ano, cerca de R$ 4 milhões.

Correio do Povo

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