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Quatro são condenados por sequestro, tortura e morte de casal de idosos de Vale do Sol

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Odonto

O Tribunal do Júri de Taquara condenou quatro pessoas, sendo uma mulher e três homens, pelo sequestro e homicídio de Antonio Celestino Lummertz e Lonia Gabe, em Rolante, no Vale do Paranhana, em 2014. O julgamento começou em 12 de dezembro. As vítimas eram naturais de Vale do Sol.

A mulher foi sentenciada a 97 anos e quatro meses de prisão, pelos homicídios de Antonio Celestino (30 anos de condenação) e Lonia (40 anos de condenação). Dois homens receberam penas de 66 anos e um mês e de três anos e quatro meses, enquanto o quarto réu foi condenado a dois anos e dez meses, cumprindo a pena em regime semiaberto. Mandados de prisão foram decretados para três réus. Dois outros réus foram absolvidos, e o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) anunciou que recorrerá das absolvições e das penas.

Os réus foram condenados por homicídios quadruplamente qualificados, sequestro, cárcere privado, tortura, falsidade ideológica, ocultação e destruição de cadáver e furto qualificado. De acordo com a denúncia, as vítimas foram sequestradas e mantidas em cativeiro até serem assassinadas por asfixia. O idoso era uma testemunha crucial em um caso de homicídio em Torres, e sua companheira foi morta por ser associada a ele.

O promotor de Justiça Leonardo Giardin de Souza destacou a gravidade do caso, que considerou um dos mais chocantes e repugnantes de sua carreira. Ele ressaltou a importância da condenação para afastar da sociedade indivíduos de alta periculosidade.

O Crime

Em 2 de fevereiro de 2014, os réus sequestraram o casal em Vale do Sol, mantendo-os em cativeiro em Rolante. Na madrugada de 8 de fevereiro, as vítimas foram mortas por asfixia. Os corpos foram queimados e descartados à beira de uma estrada. Para desviar a investigação, os réus espalharam falsas informações, sugerindo que Antonio Celestino teria matado Lonia e fugido para o Mato Grosso.

Motivação

Antonio Celestino havia sido testemunha de um homicídio qualificado cometido por uma das denunciadas. Para evitar a condenação, a mulher planejou a morte do casal, forçando Antonio Celestino a escrever uma carta e gravar um vídeo, nos quais assumia a culpa pelo crime e inocentava a ré. O idoso também foi coagido a reconhecer firma em um documento falso.

*Agora no Vale

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