Em uma palestra promovida pela Fiergs, em Porto Alegre, o senador Hamilton Mourão (Republicanos) discutiu não apenas a reforma tributária, mas também abordou temas como sua proposta de anistia pelos eventos de 8 de janeiro e a posição do Brasil diante dos conflitos no Oriente Médio. Para o senador, o “revanchismo e a questão fiscal” são obstáculos para o governo federal.
Mourão defendeu seu projeto de anistia, excluindo aqueles envolvidos em danos ao patrimônio, rejeitando a ideia de tentativa de golpe e classificando os eventos como “baderna”. Ele argumentou que as punições são desproporcionais e destacou que pessoas que expressaram suas opiniões merecem ser anistiadas.
O senador também criticou o relatório da CPI, elaborado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que indiciou o ex-presidente Bolsonaro. Ele alegou que a relatora não apresentou provas ao listar membros do governo como autores dos eventos.
Quanto à reforma tributária, Mourão afirmou estar em contato com o senador Eduardo Braga (MDB-PA), relator do projeto no Senado Federal. Ele previu que a entrega do relatório ocorrerá após o feriado de 2 de novembro, apesar da expectativa inicial para a próxima semana. Mourão enfatizou a importância de aprimorar a proposta por meio de audiências públicas e debates.
Sobre a PEC 45, Mourão elogiou o trabalho de Bernard Appy, Secretário Extraordinário da Reforma Tributária, mas criticou a compreensão da Câmara dos Deputados, exceto por um pequeno grupo. Ele também comentou sobre o governo Lula, o descrevendo como “gastador” e alertou sobre o risco de alta inflação caso a dívida continue aumentando.
Mourão, apesar de se declarar na oposição ao governo, destacou que apoia a reforma tributária, desde que seja feita com as devidas correções. Por fim, o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry, entregou uma carta solicitando urgência nas alterações fiscais no país. Além disso, o senador Mourão instou o governo brasileiro a condenar firmemente as ações do Hamas, argumentando que a não classificação do grupo como terrorista coloca o Brasil no lado errado da história em relação ao conflito com Israel.
Fonte: Correio do Povo
