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‘Acredito que inocentes morreram’, diz delegado que investiga chacina com cinco mortos em Cidreira

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Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação
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A Polícia Civil acredita que pessoas inocentes estão entre as vítimas da chacina que matou cinco homens e deixou outros dois feridos em Cidreira, no Litoral Norte do RS. Uma linha de investigação da polícia é a disputa territorial pelo tráfico de drogas na região.

A investigação apurou que quatro pessoas participaram da ação. Os suspeitos chegaram até um local que funciona como depósito de materiais recicláveis, renderam as pessoas e efetuaram diversos disparos de arma de fogo, detalhou o delegado responsável pelo caso, Antônio Carlos Ractz Júnior.

“Acreditamos, pelo menos num primeiro momento, que algumas vítimas não têm nenhuma relação com o crime. Estavam lá, vendendo suas sucatas e acabaram sendo mortas. Não estavam no lugar, estavam trabalhando. Acredito que inocentes morreram nessa empreitada”, destaca o delegado.

Conforme o delegado, após o ataque, os suspeitos atearam fogo a reciclagem. Na sequência, teriam roubado o carro de uma das vítimas e continuado as execuções em uma segunda casa.

Vítimas e sobreviventes

Segundo a Brigada Militar (BM), três vítimas foram baleadas e duas morreram carbonizadas em um incêndio. Eles foram identificadas como Édison Espíndola, 61 anos; Giam Brisola, de 19; Luiz Alberto Xavier, de 68; Luiz Cláudio Canabarro dos Santos, de 44; e Florindo Pedroso, de 66.

Outras duas pessoas ficaram feridas. Uma delas recebeu atendimento médico em um hospital e já teve alta. A outra passou por cirurgia e está em observação, sem risco de morrer.

10 testemunhas ouvidas

O delegado Ractz informou que dez pessoas foram ouvidas entre a noite de quarta (10) e esta quinta-feira (11). Imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas. A polícia busca identificar o veículo que foi usado pelos atiradores.

Duas pessoas que participaram da ação já foram identificadas. Detalhes sobre os suspeitos não foram divulgados para não atrapalhar as investigações em andamento.

“Não iremos baixar a guarda enquanto não tivermos todos identificados e responsabilizados”, frisa a delegada regional Sabrina Deffente.

G1

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