Dos rodeios à erva-mate, mais do que cultura do gaúcho, o tradicionalismo também representa uma fatia importante da economia do Estado. É o que demonstrou, em números, um estudo inédito divulgado nesta terça-feira (10), no Acampamento Farroupilha. Só em 2023, a movimentação chegou a R$ 4,5 bilhões.
Para o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, ter noção desses números dimensiona “o tamanho da grandeza desse movimento” na economia:
— Demonstra o que isso representa em geração de empregos, na movimentação econômica, nos vários setores da economia que estão envolvidos diretamente nas atividades tradicionalistas e culturais, da ração dos animais às pilchas.
Os números, lembra ainda Ronaldo Santini, secretário estadual do Turismo, também servirão de apoio a políticas públicas para este segmento no futuro:
— Tudo isso precisa estar comprovado mais do que na paixão de quem defende a causa. Precisa estar comprovado em números, como qualquer indústria faz.
Com execução do professor José Moura, o estudo foi coordenado pela Universidade Feevale de forma gratuita e contou com a parceria das secretarias de Desenvolvimento Econômico, do Turismo, da Cultura e da Agricultura.
Os eixos do tradicionalismo
Rodeios: R$ 2 bilhões
Festas: R$ 613,4 milhões
Música: R$ 220 milhões
Cavalo crioulo: R$ 1 bilhões
Radiodifusão: R$ 2,3 milhões
Projetos culturais: R$ 65,8 milhões
Erva-mate: R$ 396 milhões
Cutelaria: R$ 96 milhões
Churrasco: R$ 106,5 milhões
Fonte: Pesquisa – A participação do tradicionalismo no PIB do RS
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