O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), revelou que, a fim de garantir os votos necessários para a aprovação da reforma tributária, serão adicionadas entre sete e nove novas emendas ao texto, conforme informou nesta terça-feira (7). A declaração foi dada após uma reunião de líderes do Senado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que durou mais de duas horas, no Palácio do Planalto. Também estiveram presentes os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil).
Jaques Wagner foi o porta-voz do encontro e destacou que o governo está comprometido em realizar as modificações necessárias para garantir a aprovação do texto. Quanto à quantidade de votos já contabilizados, o líder do governo não forneceu números precisos, mas assegurou que “a reforma será aprovada”.
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), estimou que a oposição conta com entre 20 e 24 votos contrários à reforma. Para a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), são necessários 49 votos favoráveis entre os 81 senadores.
As emendas serão apresentadas pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), líder da bancada do PT no Senado. Embora o teor das emendas não tenha sido divulgado, algumas das propostas mais recentes do senador visam alterar os critérios de partilha do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR), um dos pontos cruciais da reforma.
A expectativa é que as negociações políticas continuem ao longo desta semana, culminando na votação do texto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário. O governo e os líderes parlamentares estão empenhados em alcançar um consenso que beneficie o país como um todo.
Fonte: Correio do Povo