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Novo sotaque e novo comando no vestiário do Grêmio

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Odonto

“Pensamos até nisso na hora de fazer o anúncio para o nosso torcedor”. A ‘revelação’ do diretor de futebol Guto Peixoto à rádio Guaíba no sábado, acerca da escolha do horário das 19h03min, alusivo ao ano de fundação do clube, de alguma maneira, ilustra o pensamento de quem agora comanda o futebol do Grêmio. A chegada de Gustavo Quinteros prevista para a reapresentação do elenco, porém, indica algo muito maior. É uma mudança brusca da maneira como o tema será tratado intramuros do CT Luiz Carvalho. Pelo menos pela figura do chefe da comissão técnica.

As demissões em série a partir da saída de Renato, nos bastidores, tentaram sugerir uma ideia de expurgamento de resquícios comportamentais de quem saiu. Porém, muitas outras ideias e perfis afeitos ao modo de trabalho do antigo técnico permanecem em funcionários e dirigentes. Conforme a nota do dia 9, que confirmou a saída de Renato, “o treinador informou o desejo de deixar o clube”. Ou seja, fosse outra a escolha, as chaves do vestiário não estariam por ser entregues ao argentino de 59 anos e a mudança em curso, talvez não ocorresse.

O fato, no entanto, é que será Quinteros o líder no local a contar do próximo dia 6 e o responsável por montar um novo time com a chegada de novos atletas. O sotaque castelhano presente em dez jogadores será também o do técnico e de sua comissão. Com ele, vêm os auxiliares Leandro Desábato, Maximiliano Quezada e Rodrigo Quinteros, além do preparador físico Hugo Roldán. O outro preparador Rogério Dias, contratado recentemente, e James Freitas, auxiliar da casa, farão parte da comissão permanente assim como o preparador de goleiros a ser contratado.

Depois de quase três semanas perdidas com outras negociações, restou diminuto o tempo para prospecções no mercado. E quando a bola rolar, Quinteros, por mais que conheça o clube que chega, passará a conviver com uma pressão particular. Não somente por quem está sucedendo, mas pela obsessão pelo octa regional de quem o contratou. A resposta precisará ser rápida em função do calendário.

“Passa por ele, claro, mas muito mais em quem vai estar na retaguarda. A gente conhece o ‘caos’ do nosso Gauchão. Um empate aqui, uma derrota no interior e já começa a história de que ‘esse gringo não é de nada’. Então vai passar por ele entender as particularidade de onde ele vai estar. Se ele tiver respaldo, vai passar batido, mesmo com um eventual revés no campeonato estadual. É preciso dar tempo ao tempo para ele conhecer a aldeia e mostrar trabalho. E se ganhar, também não significa que está tudo certo. É preciso ter uma ordem e esta deve ser dada pela direção”, opina Lucho Silveira, comentarista dos Canais Disney e especializado em futebol argentino.

*Correio do Povo

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