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Operação mira grupo que usava dados de pensionistas do IPE Prev em golpes

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Foto: Polícia Civil
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A Polícia Civil deflagrou, nesta segunda-feira, a Operação Efêmero, que visa desarticular uma associação criminosa que falsificava documentos com dados de pensionistas do IPE Prev. Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, além de Gravataí e Viamão, na região Metropolitana. Um homem foi preso em flagrante por falsificação, tentativa de uso de documento público e falsa identidade.

Ocorreram diligências nas casas dos suspeitos e também no setor de Gerência de Pensões do IPE Prev, que foi alvo de buscas por causa de um ex-funcionário suspeito de vazar informações de pensionistas. Ele trabalhou temporariamente no instituto até junho de 2023, como assistente no setor. Além dele, outras sete pessoas fariam parte do grupo.

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As investigações começaram há seis meses, após buscas na residência de um suspeito de assassinato em Viamão. Na época, foram localizadas cópias de modelos de documentos e uma lista com nomes de diferentes pessoas. Até o momento, as apurações eram feitas pela Delegacia de Homicídios da cidade.

Após a apreensão, o alvo confessou que as réplicas eram vendidas no camelódromo, no Centro de Porto Alegre. Uma análise no celular dele encontrou diálogos com o ex-funcionário do IPE, que compartilhava os dados de pensionistas. A partir de então o caso passou ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Foi constatado que os criminosos faziam compras e contratavam empréstimos através de nomes e dados das vítimas. “Os espelhos dos documentos falsificados eram adquiridos, segundo os golpistas, no camelódromo. A partir disso, eles se utilizavam de dados de pensionistas para aplicar golpes”, afirmou o titular da Divisão de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro do Deic, delegado Cassiano Cabral.

Ainda segundo o delegado, os documentos falsificados pelo grupo incluíam CNHs, identidades, procurações e boletos bancários. Os suspeitos vão responder por crimes contra a fé pública, estelionato e violação de sigilo funcional.

Correio do Povo

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