A Petrobras fechou o terceiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 32,5 bilhões, alta de 22,3% ante o mesmo período de 2023. A estatal divulgou o resultado financeiro do período na noite desta quinta-feira, 7.
Esse lucro reverte o prejuízo de R$ 2,6 bilhões registrado no segundo trimestre, ligado à concentração contábil do pagamento de R$ 11,9 bilhões relativos ao acordo com o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) para quitação de dívidas fiscais.
O Ebitda ajustado, que mede a capacidade de geração de caixa da companhia, ficou em R$ 63,66 bilhões no terceiro trimestre, queda de 3,8% em comparação ao mesmo período do ano passado e avanço de 28% em relação ao segundo trimestre de 2024. Já o fluxo de caixa livre atingiu R$ 38,04 bilhões no período, sendo 7,1% menor do que há um ano, mas 19,3% maior que nos três meses imediatamente anteriores.
A receita de vendas no período, R$ 129,58 bilhões, subiu 3,8% frente ao terceiro trimestre de 2023, e 6% em relação ao segundo trimestre deste ano.
A Petrobras informou, ainda, que o preço médio do barril do petróleo do tipo Brent no terceiro trimestre ficou em US$ 80,18, queda de 7,6% na comparação com um ano atrás.
Dívida
A dívida líquida da Petrobras subiu para US$ 44,2 bilhões ao fim do terceiro trimestre deste ano, valor 1,2% maior que o registrado no mesmo período do ano passado (US$ 43,7 bilhões). Já na comparação com o registrado no fechamento do segundo trimestre (US$ 46,1 bilhões), houve queda de 4,1% na dívida líquida.
Já a dívida bruta da estatal no terceiro trimestre ficou em US$ 59,13 bilhões, queda de 3,1% na comparação com o valor registrado no mesmo período de 2023 e queda de 0,8% ante o segundo trimestre. O limite da dívida bruta da Petrobras é de US$ 65 bilhões, conforme estipulado no estatuto da companhia.
A estatal detalhou, ainda, que a dívida financeira da companhia encerrou o terceiro trimestre do ano em US$ 25,8 bilhões, sendo a menor desde 2008.
Dividendos vão ser de R$ 17,12 bilhões
O conselho de administração da Petrobras aprovou ontem o pagamento de dividendos intercalares (antes da determinação do lucro líquido anual final) de R$ 17,12 bilhões relativos ao resultado do terceiro trimestre de 2024. O provento equivale a uma remuneração de R$ 1,32820661 por ação ordinária e preferencial. Mais uma vez, não haverá pagamento de dividendos extraordinários para o período. O montante é 2,1% menor que os R$ 17,5 bilhões distribuídos no terceiro trimestre de 2023 e 22% maior que os R$ 13,6 bilhões pagos no segundo trimestre.
Incluindo o valor atual, em 2024 a Petrobras distribuiu cerca de R$ 44,17 bilhões em dividendos, considerando os R$ 13,45 bilhões relativos ao primeiro trimestre e os R$ 13,6 bilhões do segundo.
A reserva de remuneração da estatal segue com R$ 15,5 bilhões a serem pagos como dividendos extraordinários no futuro. Segundo pessoas a par do assunto, esses pagamentos podem acontecer após a divulgação do Plano Estratégico 2025-2029, possivelmente no quarto trimestre.
O pagamento dos proventos ordinários será feito em duas parcelas iguais, em 20 de fevereiro e 20 de março de 2025.
As datas de corte para esse pagamento serão dia 23 de dezembro de 2024 para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3 e ‘record date’ (data de registro) em 27 de dezembro de 2024 para os detentores de ADRs negociados na New York Stock Exchange (NYSE). As ações da Petrobras serão negociadas ‘ex-direitos’ (sem direito a dividendos) na B3 a partir de 26 de dezembro de 2024.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
*Correio do Povo